O Parque Nacional da Peneda-Gerês é uma área protegida, com cerca de 70 mil hectares distribuídos em cinco concelhos portugueses: Melgaço, Arcos de Valdavez, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Montalegre.
Procurado por famílias e turistas no verão, que buscam dias de Sol, paisagens belas, natureza e águas cristalinas, o Gerês também pode ser um bom destino de inverno, para os que gostam de curtir a serra, lareira, um bom vinho e ainda com um pouco de sorte, ver neve caindo.
Com tantas atrações e possibilidades, não existe um período de tempo que seja o mais recomendado para visitá-lo. A minha sugestão é de, no mínimo 3 dias, para dar tempo de curtir as paisagens, a gastronomia local e os hotéis. Mas, se tiver apenas um fim de semana, tudo bem, o que definitivamente não recomendo é um bate e volta, já que o acesso até o parque é feito por meio de estradas nacionais cuja velocidade média é de 50km.
Roteiro de 3 dias no Parque Nacional da Peneda-Gerês
Como chegar
O Parque Nacional da Peneda-Gerês está dividido em três distritos: Viana do Castelo, Braga e Vila Real.
Os aeroportos mais próximos são o de Vigo (65km) e o do Porto (87,5km).
Do aeroporto do Porto existem serviços de transporte expresso para Ponte da Barca e Arcos de Valdevez pela empresa Barquense e para Braga, com a Get Bus.
Para circular pelos concelhos, a Transdev e a Empresa Hoteleira do Gerês são as responsáveis por administrar as frotas de ônibus que fazem este trajeto.
Mas, gosto sempre de enfatizar que, em Portugal, o transporte público fora das cidades de Lisboa e Porto não funciona muito bem. Há pouca oferta, escassez de linhas e horários limitados. O ideal é o aluguel de carro para conseguir aproveitar melhor a região.
Onde ficar
Neste roteiro montei 3 bases, uma para cada dia.
A minha sugestão é iniciar no Lima Escape, o Glamping do Gerês, seguir para a Pousada da Caniçada e terminar no Hotel Rural da Misarela.
Exceto o Glamping, todos os outros são excelentes opções também para o inverno. Especialmente a Pousada da Caniçada.
Além dos hotéis, a região também dispõe de bons alojamentos locais como o Airbnb para quem prefere a comodidade de se “sentir em casa”.
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Roteiro
Dia 1 – Ponte da Barca e Soajo
A visita começa na vila de Ponte da Barca. Seu centro pequenino, às margens do Rio Lima é cheio de história. A ponte medieval, que corta o rio, é uma das mais importantes, construída na primeira metade do século XV.
Em uma parede de uma das casas próxima à ponte, a marca da cheia de 22 de Dezembro de 1909 indica que naquele ano as águas subiram consideravelmente. Por ali também há cafés e restaurantes com fachadas lindas de serem fotografadas.
Depois de fazer o reconhecimento, caminhar junto ao rio e visitar a Igreja Matriz, recomendo o almoço no Vai à Fava. Local agradável, bem decorado e com vista para a ponte.
Depois do almoço, check-in no Lima Escape (além de glamping há também opção de bungalows).
Para refrescar, um mergulho na Lagoa do Poço Negro, seguido de uma visita aos espigueiros de Soajo.
+ Visite uma fazenda, asse seu próprio pão e desfrute das paisagens do Gerês.
Dia 2 – Vilarinho das Furnas e Caniçada
O caminho até a Pousada da Caniçada é por uma estrada nacional já dentro do Parque Nacional do Peneda-Gerês. Apesar das curvas, o caminho é bonito de ser admirado.
Se conseguir apreciar bem a montanha, verá o Fojo do Lobo de Germil. Uma construção em pedra, em forma de funil que servia para abater os lobos que resolviam atacar as aldeias em uma época que armas de fogo e venenos não eram tão disseminados.
Por falar em aldeia de Germil, vale a parada no caminho. Uma singela aldeia tipicamente rural, com casas de granito, ruas estreitas a passar por baixo de videiras e com trilhas que levam às cascatas e mirantes.
Mas atenção aos animais!! Nós começamos a fazer uma trilha pequena de menos de 1km e voltamos pois nos deparamos com uma vaca enorme do Gerês. haha Depois de um tempo descobrimos que são mansas, mas mesmo assim, quem ia arriscar, né? 🙂
Na pausa para o almoço a dica é O Abocanhado, restaurante com excelente apresentação e vista exuberante da serra. O forte são as carnes da região, mas há pratos com outras opções.
Mais à frente é a Barragem de Vilarinho das Furnas. O nome se deve à aldeia de Vilarinho das Furnas que está submersa nas águas do rio Homem. Para a construção da barragem foi necessário desocupar a aldeia. Nos dias atuais, quando as águas baixam, é possível ver o que restou das casas de pedra.
E no fim deste dia longo, um descanso merecido na Pousada da Caniçada e um jantar com a melhor vista possível da barragem.
+ Faça um passeio a cavalo no Gerês
Dia 3 – Misarela
Nesta manhã aproveite para desfrutar da Pousada, tomar um café da manhã vagaroso no terraço e se o tempo permitir, dar um mergulho na piscina.
A última parada do roteiro, o Hotel Rural da Misarela (falei dele aqui), é uma antiga pousada da EDP que foi restaurada há pouco tempo.
+ Faça um passeio guiado de um dia de caminhada no Gerês
A localização é estratégica para visitar a Ponte da Misarela, ou Ponte do Diabo, como também é conhecida. Construída na Idade Média, a ponte tem apenas um único vão com 13 metros de altura.
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