Foi nas Jornadas de Portas Abertas da Rota do Vinho Monterrei que visitamos duas vinícolas na região vitivinícola que abrange as freguesias de Monterrey, Oímbra, Verin, Castrelo do Val, Riós y Vilardevós, província de Ourense, Galícia.
Esta região já é bem conhecida da nossa família, uma vez que fica na fronteira com Chaves, Portugal, cidade natal do Hugo. No verão estamos sempre por ali descobrindo novas rotas.
Foi assim que fizemos a Rota Termal e da Água da Eurocidade Chaves-Verin, que esticamos até Allariz, nossa vila querida, Ribeira Sacra e até Ourense. A parte boa de estar perto da fronteira e ter boas estradas é que fica fácil ir e voltar ao país vizinho, sem pagar pedágios ou ter que passar por controle fronteiriço.
Mas voltando ao tema do enoturismo na Galícia, mais precisamente na Rota do Vinho Monterrei, tivemos o prazer de visitar duas vinícolas nesta região: Bodegas Triay e Bodega Ladairo, as duas bodegas que irei falar aqui neste artigo.
A Rota do Vinho Monterrei
Como dito anteriormente, a Rota do Vinho Monterrei está inserida na província de Ourense. É a menor Denominação de Origem da Espanha, mas apesar disso, continua em crescimento.
Os seus vinhedos estão em um vale formado pelo rio Tâmega e algumas montanhas, o que contribui para criar as condições ideais para o crescimento das vinhas. Suas principais castas são: Mencía (tinta) e Godello (branca).
O que visitar
Além das bodegas, claro, o grande atrativo turístico desta região é o Castelo de Monterrei, maior fortaleza galega, que hoje é explorada pela rede de hotéis Paradores de Espanha. E que transformou o castelo em um hotel incrível.
Apesar disso, o castelo é aberto a visitas de forma gratuita ao espaço exterior e torre de menagem. Ainda há visitas guiadas para ver a acrópole e igreja. Maiores informações de horários podem ser vistas aqui no site.
Já estive lá algumas vezes para apreciar a paisagem ou tomar um café na esplanada do hotel com vista para a torre e muralha. É sempre um ótimo passeio, principalmente se a ideia for levar alguma visita que além de Portugal adoraria dar “um pulinho” na Espanha.
Bodegas Triay
A primeira bodega que fomos conhecer foi a Triay, uma bodega que está na mesma família há mais de seis gerações.
De primeiro momento achei que não seria recebida, pois a bodega estava com o portão fechado. Mas foi só tocar o interfone que fomos recebidos com imensa simpatia por Purificacíon Garcia (será que ela também é herdeira da loja?), herdeira dos vinhedos e fundadora das Bodegas Triay, em 2004, juntamente com seu marido, Antonio Triay.
Como a visita estava dentro do cronograma das Jornas de Portas Abertas, aconteceu de forma mais simplificada, com apenas a visita ao vinhedo ao lado da adega. De toda forma, Purificacíon foi super querida ao nos contar mais dos vinhedos e ainda contou com a ajuda de seus cães que corriam livremente pelas vinhas.
O amor por esta herança de família é notório em cada palavra e olhar. Notamos mesmo que há um prazer imenso em fazer vinho e em cuidar dos vinhedos. Que embora não tenha certificação biológica, tem muitas características de uma produção do tipo. Priorizando a vinha, em ter mais qualidade e não quantidade.
No final da conversa, eis que foi chegada a hora boa: a prova dos vinhos. E qual a surpresa de ter uma mesa posta com queijo regional, chouriço caseiro, compota e pão? Definitivamente não estava a espera desta recepção.
Provamos o vinho tinto da casta Mencía, casta típica da região.Já havia provado vinhos desta mesma casta em outra altura e é um vinho que aprecio muito, por ser macio, de fácil degustação e que não tem aquela rugosidade causada pelo excesso de taninos, um vinho bem equilibrado.
Além da visita, também oferecem outros roteiros como a Ruta dos Lagares Rupestres, da qual ainda não tive a oportunidade de conhecer. Podem encontrar as informações aqui.
Bodegas Ladairo
Aqui tivemos uma experiência diferente. Haviam muito mais pessoas na visita, o que não fez com que a experiência fosse personalizada. Embora seja normal em muitas vinícolas, eu prefiro as visitas em grupos pequenos. Mas, neste caso, por ser parte das Jornadas da Rota do Vinho Monterrei, sabia que seria assim.
Uma bodega também familiar e com 40 anos de existência. Foi a primeira bodega inscrita na D.O. Monterrei. Segundo nos contaram, foi a pioneira no processo mecânico. Seu fundador muito gostava de viajar até França e trouxe de lá máquinas e equipamentos muito modernos para a época e sobretudo para a região.
Aqui também se faz vinho com Mencía e Godello, mas utilizam uma porcentagem de Araúxa e Treixadura em alguns lotes.
Ainda sem uma área dedicada ao enoturismo, está em construção um terraço panorâmico para a realização de provas e outras atividades.
Apesar de uma experiência mais comercial, gostei bastante dos vinhos, tanto tinto quanto branco.
No fim, gostei muito da experiência de poder conhecer mais uma rota de vinhos na Galícia. Já estou contando com os próximos eventos, e pretendo retornar no verão.
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