Roteiro de 3 dias na Alsácia por Estrasburgo e Colmar

A região da França conhecida pelos vinhos, tarte flambé, flores e mercados de Natal, também pode ser encantadora e adorável no inverno. No nosso roteiro de 3 dias na Alsácia, visitamos Estrasburgo e Colmar e ficamos com um gostinho de quero mais, para voltar e conhecer as pequenas vilas ao redor, assim como atravessar a fronteira rumo à Alemanha.

Nossa viagem ocorreu em Janeiro de 2018 e contamos aqui neste post o que fizemos por lá nesta época.

Roteiro de 3 dias na Alsácia por Estrasburgo e Colmar

Como chegar

Estrasburgo é a capital da Alsácia e ponto de partida para quem pretende explorar esta região. Seu aeroporto, Strasbourg Entzheim, fica aproximadamente à 10km do centro da cidade, sendo facilmente acessado através do trem que conecta o aeroporto a estação central.

São 7 minutos de trem até a Gare de Strasbourg. A passagem, apenas de ida, custa €2,60 e o bilhete de TER+CTS (shuttle do aeroporto + bus ou trem dentro de Estrasburgo até seu destino final) custa €4,30 e podem ser comprados facilmente nas máquinas próximas ao corredor que liga o aeroporto à estação de trem.

Depois de Paris, Estrasburgo é a cidade que possui a segunda maior malha ferroviária da França, sendo também possível viajar até lá partindo de cidades na Alemanha, Suíça, Bélgica e Holanda. Todos os bilhetes podem ser reservados diretamente no site da SNCF.

Estrasburgo – Dia 1

Chegamos em uma sexta à tarde em Estrasburgo. Como no inverno os dias escurecem cedo, já era noite.

Saímos da Gare de Estrasburgo e, com o auxílio do Google Maps, fomos caminhando tranquilamente para o nosso Airbnb. Uma charmosa kitnet localizada na Pont Couverts. Deixamos as malas na casa e fomos bater perna.

O que eu já gostei de Estrasburgo é que, mesmo com chuva e em uma noite fria de inverno, haviam muitas pessoas na rua. Eu, que moro em Braga, onde as pessoas somem da rua no inverno rs, já me senti acolhida pelo vai e vem.

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Nosso jantar foi em um simpático e pequenino restaurante chamado L’épicerie, onde a especialidade da casa são as tartines, espécie de torradas grandes com recheio por cima. O local, de cara nos conquistou, já que a nossa “mesa” era um antigo fogão à lenha.

Pedimos a sugestão do dia, uma garrafa de vinho tinto da Alsácia para acompanhar e de sobremesa, a mousse da casa.

Devidamente de estômago forrado e sem qualquer receio de caminhar na rua, não perdemos a oportunidade de admirar a Catedral de Estrasburgo iluminada, antes de encerrar nosso primeiro dia de passeio.

Estrasburgo – Dia 2

A previsão era de chuva, sabe como é, inverno, Janeiro, é quase sinônimo de chuva. Mas, inacreditavelmente saiu até um mormaço tímido.

Como nosso forte é comer, começamos o dia com um café da manhã no Café Bretelles, na Petit France.

De lá seguimos turistando pela Petit France até chegar novamente à Catedral. É ao lado da Catedral que fica a loja do Batorama (empresa que realiza os passeios de barcos pelos canais de Estrasburgo). Para nosso azar, fomos justamente naquela semana onde as cheias dos rios tomaram conta da França e principalmente de Paris. Por conta deste incidente, os passeios estavam suspensos. Uma pena!
Mas quem estiver por lá, recomendo imenso fazer o passeio, que existe em duas alternativas: Strasbourg Grand Île com duração de 45 minutos e Strasbourg, 20 séculos de história com duração de 1h10m. Informações e tickets podem ser consultadas no site do Batorama.

Com a impossibilidade de realizar o passeio, decidimos subir 332 degraus para ver a vista do terraço da Catedral. O esforço é grande, subir tudo isso em espiral, mas a vista é bonita e é curioso observar a arquitetura das casas em enxaimel. O valor para subir são 5€ e a entrada fica na lateral direita da Catedral. Com mais 2€ é possível ainda assistir ao relógio astronômico funcionando às 12:30.

Ainda no entorno da Catedral estão o Museu de Belas Artes, Museu de Artes Decorativas, Museu Arqueológico e o Palácio Rohan.

No almoço, não perdemos a oportunidade de comer uma boa galette (crepe de trigo sarraceno característico da região da Bretanha) na Creperie La Plouzinette. Almoço delicioso por um ótimo preço.

Ao fim do almoço fomos passear pelo entorno da Place Kléber, pelas Galerias Lafayette, aproveitar os saldos da loja UNIQLO, ver as delícias francesas no mercado Monoprix, comprar (in)utilidades na HEMA e devorar waffles obscenos de Nutella.

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Sem dúvida, a parte que mais gosto quando viajo é, andar despretensiosamente pelas cidades e sentir a energia do lugar.

Para o jantar, escolhemos a Caupona Taverne, localizada na Grand’Rue, um local badalado e moderninho, que parece ser o point da galera jovem. Aproveitamos para comer tarte flambé e encerrar nossa estadia por lá.

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Colmar – Dia 3

Acordamos cedo e fomos para a estação. Os trens que ligam Estrasburgo e Colmar são frequentes, e o ingresso pode ser comprado diretamente na estação, em uma das muitas máquinas de atendimento automático.

#ficadica Não deixem de validar os bilhetes nas máquinas amarelas que ficam antes de subir as escadas da plataforma de trem. Isso é coisa séria na Europa! Caso os bilhetes não estejam validados, pode te custar uma multa pesada.

Chegamos em Colmar em um domingo, e anotem esta dica, na baixa temporada, o domingo pode ser um tanto quanto entediante.

Nosso plano foi deixar as malas no nosso hotel, Ibis Budget Colmar Centre Ville, e caminhar até o Marchet Couvert de Colmar, ou, Mercado Coberto, que fica na Petite Venise, para fazer uma refeição rápida. Aos domingos funciona até às 14h e fecha nas segundas.

Como era domingo, nem todos os restaurantes estavam abertos e me contentei com apenas uma opção, que por fim foi uma boa escolha. Comemos mais uma vez uma tarte flambé acompanhada de um vinho branco alsaciano.

Passear pelas ruas de Colmar, é, na primeira impressão, depois de ter passado por uma vibrante Estrasburgo, nada simpática. Museus fechados, lojas fechadas, centro pequeno… comecei a lembrar do que o responsável de turismo de Colmar havia dito, quando falei que iria em Janeiro: _ “Olha, Janeiro não é tão bonito. Não tem a cor e a alegria da Primavera ou do Natal”.

Voltamos ao hotel, jantamos no McDonald e fomos dormir, desiludidos de ter perdido uma noite por ali.

Colmar – Bônus

Tínhamos a manhã livre em Colmar, pois nosso trem de regresso só sairia à tarde e nosso vôo partiria apenas no fim do dia.

O Sol saiu e fomos mais uma vez andar, na esperança de ver uma cidade diferente. E não é que o Salmo 30 se fez cumprir! _”O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”

O centro que achamos minúsculo foi se transformando em ruas e mais ruas à nossa frente. Tinha FNAC, Monoprix, Sephora, H&M e mais um tanto de loja de rede grande, comum nos centros de cidades européias. De fato, muitas atrações turísticas estavam de recesso, mas “perder” esta manhã descobrindo Colmar, foi uma delícia, para tirar toda aquela má impressão de um domingo frio e nublado.

Minhas considerações sobre esta viagem:

Teria feito apenas um bate e volta de Estrasburgo para Colmar (de preferência em um dia útil) ou,

Ao invés de pernoitar em Colmar teria feito uma base em Mulhouse

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