Estamos no vôo de volta para o Porto e é daqui que começo a escrever sobre este nosso roteiro de dois dias em Nantes, um fim de semana.
Nantes foi um bela surpresa. Já estava no meu radar há algum tempo, é verdade. Os preços dos vôos desde o Porto são tentadores.
Mas não há grande informação nos blogs de viagens, nem Instagram. Brasileiros? Não encontrei nenhum. Portugueses? Alguns poucos.
Foi mesmo depois de marcar as passagens que comecei a pesquisar mais sobre o destino e o que fazer em Nantes, a capital do Loire Atlântico.
Chegamos em Nantes numa tarde de sexta-feira pelas 15h, um horário meio bléh para conseguir visitar algum ponto turístico mas ok para já começar a aproveitar o movimento do cair da noite, afinal, era Dezembro e haviam mercadinhos de Natal.
Com um vôo que foi durante o almoço era de imaginar que chegaríamos cheios de fome, certo? Pois bem, a primeira parada para abastecer: Barapom.
Um restaurante de crepes e galettes. Já falei delas no post de Bordeaux, são algo típico na França, em especial na região da Bretanha.
Uma sugestão que deixo aqui é o guia Le Tables de Nantes… um guia anual com uma curadoria especial de locais para comer, tomar um café ou beber uns copos. Podem encontrar tanto o guia físico nos hotéis e postos de turismo ou online através deste link.
Devidamente abastecidos e cheios de energia, fomos deixar as coisas no nosso apartamento que alugamos com o Booking e ver o primeiro mercadinho de Natal. O l’Autre Marché, um mercado solidário com venda de artigos usados e apelo para a promoção de artistas e produtores locais.
Hotel | Avaliação | Classificação | Link |
---|---|---|---|
Hôtel de la Cité | 9,0 | ⭐⭐⭐ | Ver preço |
Okko Hotels Nantes Château | 8,5 | ⭐⭐⭐⭐ | Ver preço |
Ibis Styles Nantes Centre Gare | 8,5 | ⭐⭐⭐ | Ver preço |
E imaginem a minha surpresa ao chegar justo na hora de um roda de samba? Mas com um detalhe: os músicos eram todos franceses o que dava um ar gringo ao sotaque de músicas de Noel Rosa e cia.
Depois ainda conseguimos tempo para visitar outro mercadinho, maior e mais tradicional. Este tinha bastante comida como massas, racletes, crepes, e claro… vinho quente!
E se tem algo que acho mágico é carrossel… ainda mais estes com estilo francês. Fomos em família e foi um grande riso, já que o pai se aventurou em um pônei que quase não aguentava com ele. 😅
No fim terminamos o dia em um restaurante de mexilhões muito bem acompanhados de um Muscadet, afinal estávamos no Vale du Loire e Nantes é a capital do Muscadet, um vinho branco leve e com boa acidez. E é claro que fiquei com desejo de me aventurar pelos vinhedos da região em uma próxima oportunidade.
Começamos o dia em busca de um cafézinho agradável, e fomos parar no Cime, um café de especialidade. A ideia inicial era ir ao Museu de História Natural, mas ao seguir a linha verde (22km de linha verde pintadas no chão que convida a descobrir os principais monumentos) fomos parar em frente ao Musée Dobrée que era gratuito com o nosso Pass Nantes.
O museu foi reaberto em Maio de 2024 depois de uma reforma. Estava muito bonito, bem cuidado e acessível à pessoas com mobilidade reduzida.
Uma coisa que já havia notado, mas comprovei nos museus, é o quanto eles integram as crianças nas visitas. De sala em sala as crianças irão encontrar mesas de jogos e mesas sensoriais, para que elas aprendam brincando. Também é possível pedir na recepção um mapa deste tour para crianças de 7 a 12 anos.
Um dos espaços mais legais e que o pequeno curtiu foi o de montar a sua moeda. Caso montasse uma que já existia, ele podia localizá-la exposta na mesma sala.
A área exterior do museu também é um ponto forte… havia também um parque infantil bem novo e bonito, mas não conseguimos explorar por causa do horário que tínhamos para visitar uma outra atração.
No entanto almoçamos no café do museu e adoramos. Comida simples, espaço bem cozy e agradável. Comi um croque-monsieur com salada.
Do museu o nosso próximo destino ficava bem próximo… era só atravessar o rio Loire.
E foi a mais esperada: o Les Machines de I’lîle. Um projeto que combina imaginação e mecânica e é inspirado nas obras de Júlio Verne, que nasceu em Nantes e até hoje é um dos escritores cuja as suas obras mais foram traduzidas no mundo!
É no espaço de um antigo estaleiro naval que surge esse “parque”. O Galerie des Machines que funciona no galpão e tem vários animais distintos. Um dos funcionários vai explicando um a um e algumas pessoas têm a grande sorte de testá-los, com a ajuda de funcionários, claro. É uma visita legal, que ocorre apenas em francês. Para ouvir explicações em outros idiomas é preciso baixar uma aplicação. Esse tour tem a duração de 1h.
As minhas considerações: achei muito cheio (fomos em um sábado). E acaba ficando desconfortável para ver as máquinas, principalmente para as crianças que não conseguem ver de longe. Mas tirando isso, é bem legal.
De seguida fomos para o Carrousel des mondes marins, um carrossel de três andares também com animais em máquinas, mas desta vez do mundo marinho.
As crianças pequenas apenas podem ir no primeiro (térreo) e no último andar. O segundo andar, como tem máquinas suspensas, é considerado inapropriado para os pequeninos. Nós fomos no último andar para aproveitar a vista.
A terceira e mais aguardada atração foi o Grand Eléphant. Uma construção impressionante com 12 metros de altura e cerca de 48 toneladas. Que faz um pequeno percurso do galpão do Galerie des Machines até o Carrousel des mondes marins. E agora vem a parte chata: nós perdemos o nosso tour!
Sim, perdemos. Marquei com antecedência (pois sim, esgota rápido). E no dia e horário estava eu dentro do galpão, supostamente no local de onde sai o tour, maaaaas veja bem, o que eu não sabia era que haviam dois locais distintos, ou seja, o elefante sai do galpão em direção ao carrossel e depois faz outro tour do carrossel até o galpão e sim, minha gente. Fiquei lá plantada no galpão até que deu a hora e achei estranho estar vazio e sim, perdemos o horário. Os funcionários disseram que não podiam fazer nada, uma vez que havia a informação no ticket (em Francês). Então, façam o que eu digo e não façam o que eu faço: vejam beeeem o local no ticket.
Tirando esse contratempo rs foi um passeio divertido que terminou com pizza no Graziella. A ideia era ir ao Le Homard Fries mas não fizemos reserva e, já sabem, né? rs
Último dia da nossa viagem, e um tempinho mais para dedicar à cultura.
Passamos a manhã no Museu de Artes de Nantes, gratuito com a Nantes city pass, uma delícia! E mais uma vez um museu kids friendly com cantinho de leitura, com interatividade para as crianças entrarem no mundo da arte e com artistas famosos como Monet e Rodin.
Eu fiquei mesmo impressionada em como a cidade está preparada para as crianças. Todos os museus que fomos eram kidsfriendly.
Depois do passeio no museu e já com alguma fome, terminamos no café do museu com um menu de brunch que pareceu ser bem concorrido… muitos locais por lá. Não vou negar, foi carinho, mas valeu a experiência e ficamos bem satisfeitos.
Por último visitamos o Castelo dos Duques de Bretanha, é uma impressionante fortificação do século XV. Este monumento histórico, cercado por um fosso e imponentes muralhas, serviu como residência dos duques da Bretanha e desempenhou um papel crucial na história da região. Hoje, abriga o Museu da História de Nantes, onde visitantes podem explorar exposições sobre a rica herança cultural da cidade e da Bretanha. Com sua arquitetura gótica e renascentista, o castelo é um símbolo da identidade bretã e um importante destino turístico.
Aproveitamos também para ver a exposição “Chevaliers”, com cavaleiros medievais e suas armaduras. Bem legal para ver de pertinho como eram as armaduras, armas e espadas dos cavaleiros na época medieval. Ah e tudo com o nosso Pass Nantes 🙂
Como disse no decorrer desse artigo, utilizamos o Pass Nantes para explorar a cidade e como já comprovamos em outras cidades como Bordeaux, o passe vale muito à pena.
Tivemos autocarro gratuito do aeroporto para a cidade e retorno ao aeroporto, assim como entrada nos museus e no Les Machines de l’lle (com exceção em andar no elefante). Pode ver mais sobre as atrações neste folheto em português.
Nantes foi uma agradável surpresa e sem dúvidas uma cidade muito amiga das crianças. Ideal para uma escapadinha rápida de fim de semana em família.
Utilizamos o guia de restaurantes da cidade, o Les Tables de Nantes, para procurar informações e dicas de restaurantes com o melhor da gastronomia local e não nos arrependemos.
Além disso, o site de turismo de Nantes fornece também uma versão em português para ajudar na organização da viagem.
Veja mais sobre a nossa viagem no nosso Instagram:
Recentemente estive em Madrid com meu filho de oito anos e voltei super inspirada para…
Você quer ver neve? Já pensou em visitar Manzaneda? Então vou te contar minha aventura…
Diante de tantas opções nem sempre é fácil escolher onde se hospedar em La Rioja.…
Você tem dúvidas se vale a pena visitar Bordeaux no inverno? Recentemente estive na capital…
Como é se hospedar no Longroiva Hotel Rural? Após muita vontade de conhecer este hotel,…
Está à procura de festas de Ano Novo em Portugal? Não procure mais! Depois do…
This website uses cookies.